quinta-feira, 1 de maio de 2014

Ginjas, o gato que vive com o vento

Hoje enterrámos o nosso recém adotado Ginjas. Mais um. Infelizmente já não é o primeiro. Ultimamente parece que todos os animais que aqui aparecem vêm apenas para morrer. Ficam cá pouco tempo, mas as marcas que nos deixam são enormes. Nem eu sabia o quanto gostava dele.
Um dia entrou pela porta da cozinha, miou, serviu-se de almoço e ficou. Nunca mais se foi embora. Até ontem. Era um gato divertido, brincalhão e tão, mas tão meigo que até custava a acreditar. Era também livre como o vento, só ficava enquanto queria, mas voltava sempre. Talvez por isso eu gostasse tanto dele. Mas ontem não voltou. Tentou voltar, creio, mas um carro apanhou-o a chegar ao portão.
Hoje enterrá-mo-lo, levou com ele a sua almofada preferida, e como não podia deixar de ser, um ramo de flores selvagens.
A ti Ginjas, dedico-te esta música, que sejas livre como o vento e que vivas em nós para sempre.



4 comentários:

  1. :(( gatos na rua, é contar que tenham uma vida muito muito curta, os carros são cada vez mais silenciosos, mais rápidos, os condutores menos atentos, os gatos não têm tempo de fazer esta aprendizagem, pagam com a vida e quem gosta deles tb morre um bocadinho. http://os5gatos.blogspot.pt/2011/04/oito-motivos-para-tirar-um-gato-da-rua.html


    Os gatos à vista
    MIGUEL ESTEVES CARDOSO 30/04/2014 - 01:18 Público



    TÓPICOS
    Animais
    Os gatos, infelizmente, têm a mania de atravessar as estradas na bisga, sem olhar para os lados e seja o que Deus quiser. Habituam-se a ter sorte até ao dia em que são apanhados por um carro, partindo o coração do automobilista.

    Sendo os gatos tão inteligentes - quando são estúpidos são gloriosamente estúpidos - custa-me perceber porque são tão péssimos peões.

    Vou avançar com uma teoria. O fenómeno "gato escondido com o rabo de fora" é conhecido por todos os felinófilos. Os gatos julgam-se mestres da camuflagem. Mas este convencimento - um misto do chutzpah doyiddish com o hubris do grego antigo - leva-os a abandalhar a arte. Julgam-se invisíveis mas toda a gente os vê. Mesmo as leoas da savana são, o mais das vezes, detectadas pelos bichos que procuram comer.

    Sendo invisíveis quando querem, raciocinam os gatos, tornam-se sensacionalmente visíveis quando escolhem mostrar-se. Quem não fica ofuscado pela beleza daquelas feras? Quem não pára só pelo prazer de vê-las passar?

    Nas cabecinhas dos gatos, seja de dia, no lusco-fusco ou de noite, todos os gatos são fosforescentes. É por isso que não se dignam olhar para os lados. Sabem a sorte que temos em avistá-los. Os pretos, sobretudo, quando atravessam o caminho de um ser humano, abençoam-no com sete vidas, iguais àquelas de que eles próprios dispôem.

    O pior é que não os vemos ou, quando os vemos, já pode ser tarde. A culpa, aceito, é toda nossa. Mas quem morre por causa disso são os gatos.

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    1. É verdade! Absolutamente verdade. A culpa é toda nossa,dos seres humanos que inventaram esta máquina que tantos animais e pessoas mata.
      De facto, sempre que um dos meus gatos morreu atropelado eu morri também um bocadinho,mas morreria muito mais todos os dias se os privasse dessa liberdade.

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  2. Também já fui assim, e dei-me bem e também muito mal e agora morrer um "bocadinho" pelos meus amigos custa-me imenso, entre a "liberdade" e a vida, prefiro a vida e garantir boas condições para não se entediarem. Apesar da nossa ambivalência, os gatos não são tigres nem leões, são domésticos, interferimos totalmente com a vida deles, dando comida, esterilizando, cuidando, mais vale interferimos no resto e se mesmo os gatos mais "bravios" ou de rua, também têm muito azar com os carros, imaginemos os de casa, acho eu, mais dependentes de nós. Talvez no futuro possam construir estradas com vias subterrâneas que permitam melhorar essa convivência e acabar com esse mortícinio (de gatos, cães, ouriços, raposas,etc) ou os carros possam ter um sistema de aviso perceptível/"audível" para os bichos:) Votos de boa semana:)

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  3. O Ginjas estará agora com o Brancololinho, a Pilritinha e a Meguinha. Aqui eles também chegam e partem, por vezes em passagens velozes, mas deixam sempre a sua marca e agradecemos por isso. Este fim de semana partiu a nossa Berra, a cabra. Nasceu e morreu na quinta. Enterramos debaixo da figueira, ela adorava comer figos :)

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