sábado, 27 de dezembro de 2014

Um Poncho Para a Madalena

Finalmente, ao fim de meses a fio, incluindo os de verão, acabei o poncho para a Madalena. Foram tentativas frustradas atrás umas das outras até encontrar a fórmula certa. Pelo menos aquela que agradou a mim e também à ansiosa Madalena. 
Já tinha tentado vários modelos de poncho, mas nenhum era confortável. Este foi feito com lã Cézanne, agulha nº8 e o modelo é da Vitória Quintal, cujo video encontrei no youtube e segui com algumas alterações a meu gosto.
Espero que gostem e que se inspirem...


sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Este Momento #40

 


{este momento} - Um ritual de Sexta-feira. Uma simples foto, sem palavras, capturando um momento da semana. Um momento simples, especial e extraordinário. Um momento que eu quero parar, saborear e recordar.
 
A primeira vez que vi esta ideia foi no blogue A Horta Encantada e achei fantástica. Tenho fotos aqui guardadas que não sabia o que lhes fazer, mas gosto delas por serem momentos especiais cá de casa. Quem as vir, não vai sempre entendê-las, mas para mim são especiais. A ideia original saiu do blogue soule mama.


quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Mooncup - Conversa de Gajas

Hoje a conversa é para gajas. Gajas com filhos, sem filhos, com maridos, sem maridos, todas aquelas que todos os meses gastam dinheiro em tampões e pensos higiénicos e que com isso contribuem para o nosso planeta estar cada vez menos verde. Como eu! Como quase todas nós!
Há uns anos atrás, depois de nascer o Simão, resolvi experimentar o Mooncup. claro que não funcionou. Acabada de parir o terceiro filho, achava eu que ia usar um copo menstrual e que ele ia lá ficar, seguríssimo, sem cair!! Sim, cair! Se calhar ninguém fala disto porque estas coisas não são para se falar em público, são para se esconderem dos outros e sofrermos sozinhas e acharmos que só nós é que passamos por isto! Tretas!!!
Bom, o meu copo simplesmente não se segurava, e ao fim de pouco tempo estava eu a desistir e a achar que nunca iria conseguir dar o meu pequeno contributo para um planeta mais verde. Mas como sou teimosa, ao fim de 4 anos e alguns exercícios, consegui finalmente voltar a usar o meu ''copinho''. E não cai!!! Fiquei feliz, mesmo feliz. 
Há uns dias uma grande amiga minha resolveu falar da sua experiência com o Mooncup, (obrigada Is), e eu achei que também deveria falar da minha e dá-lo a conhecer a outras mulheres que também se preocupam com a sua saúde e a saúde do planeta. Para além de achar que devíamos falar mais destas coisas, claro, copos que caem e não só. Deixarmos de esconder estas dúvidas e angústias apenas porque toda a vida nos disseram que não deveríamos falar delas. É bom conhecermos o nosso corpo e partilharmos dúvidas e ideias. Aliás, muitas de nós têm filhas. Porque não começar já a falar com elas sobre estes assuntos e dizer-lhes que não há tabus?
Tenho uma filha com 12 anos que já tem um Mooncup (oferecido por uma amiga especial). Ainda não o usou, mas está cá para quando ela se sentir confortável para o usar.
Deixo-vos o link para poderem comprar o vosso, se quiserem. Existe em dois tamanhos e vale a pena o investimento!
Até breve e boas luas. ;)

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Fermento e Um Pão sem Gluten



Hoje resolvemos começar o dia com um pão sem gluten. Já tinha comprado a farinha especial há uma data de tempo e ainda não tinha tido coragem de lhe pegar. 
Ando a tentar retirar o glúten da nossa alimentação, mas não é uma tarefa nada fácil e acaba por ser mais uma coisa com que me preocupar no meio de tantas outras. Mas com tanta chuva e algum frio lá fora até apeteceu ligar o forno.
No momento de juntar todos os ingredientes, surgiu a pergunta de uma cabecinha pequenina: "o que é isso do fermento? Para que serve?"
Lá fomos então investigar e encontrámos uma explicação bem fácil e à altura destes pequenos curiosos aqui neste site.
Retirei a informação mais interessante que agora partilho convosco.

O que é o fermento?
O fermento biológico é composto por microorganismos vivos, fungos, que chamamos de leveduras. Essas leveduras, que têm um nome bem esquisito, saccharimyces cerevisiae, vão multiplicar-se quando estiverem em contacto com a temperatura da massa e com o açúcar também da massa. Esses bichinhos alimentam-se desse açúcar e começam a multiplicar-se.

Para que serve o fermento?
Para fazer a massa crescer e ficar mais fofa.

E o que faz a massa crescer?
Esses bicharocos, chamados de fermento, ao reagirem à temperatura e ao açúcar da massa começam a libertar álcool e dióxido de carbono. Este gás faz a massa crescer e o álcool dá sabor e aroma.

Depois de tudo explicadinho lá fizemos o nosso pão que saiu muito bem.




Aqui fica também a receita:
500g farinha especial "ma vie sans gluten" comercializada pela Próvida
1 colher de sopa de azeite
22g de fermento fermipan
480g água

Colocar a água juntamente com o azeite e o fermento dentro do copo da Bimby. Misturar na VEL4.
Programar 3MIN, VEL ESPIGA e ir deitando a farinha. No final, deitar a massa para uma forma retangular forrada com papel vegetal e levar ao forno a 180°C durante cerca de 50 minutos.
Colocar um recipiente com água dentro do forno para que o pão não fique muito seco.
Bom apetite!


quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Sólidos Geométricos

Isto de falar de sólidos geométricos de manual aberto para crianças de 8 anos parece-me ridículo. Assim como tantas outras coisas que perdem toda a graça quando se pega no manual. 
Como acho que já disse, este ano não adotámos manuais escolares para o 3º ano. Vou seguindo as metas, outras vezes nem por isso, e vou usando a imaginação para tornar as coisas mais agradáveis.
Desta vez apeteceu-nos falar de polígonos e de sólidos geométricos. Depois de vermos as definições para cada coisa, de percebermos que podemos construir sólidos geométricos a partir de polígonos, depois de procurarmos na despensa e pela casa fora por sólidos geométricos, resolvemos construí-los nós mesmos.
Foi imprimir, descobrir as figuras planas dentro de cada sólido, foi pintar, recortar e colar.
E no fim, ficou assim!



terça-feira, 30 de setembro de 2014

"Mãe com Bebé na Barriga"

O Simão não é um grande desenhador, nunca foi, nunca mostrou muito interese por desenhos, mesmo quando todos nós nos sentamos para desenhar ou pintar. Até agora, o máximo que fez foi riscos e rabiscos. Para nós isso nunca foi um problema e nunca lhe mostrámos ou dissemos o que deveria fazer ou como fazer. Deixei sempre fluir, à vontade dele, curiosa se algum dia ele iria desenhar. Cheguei a pensar que nunca deixaria de fazer rabiscos, mas mantive-me firme na convicção de que se algum dia fizesse mais do que isso seria por sua vontade e criação.
Cá em casa já todos são crescidos, noutra fase de desenhos e pinturas, e como o Simão não vai a escola, não tem onde ir buscar ideias, não tem quem imitar. Mas esperei, sempre na espectativa do que iria acontecer. Foi quase um estudo científico. Eu queria mesmo saber!
E ontem, do nada, o Simão desenhou "uma mãe com um bebé na barriga"!
Conclusão do meu estudo científico: (tom irónico que eu não tenho feitio nem capacidade de organização para estudos científicos) todos lá chegam! Uns antes, outros depois, mas todos lá chegam! Todas as crianças têm capacidade criativa. E os riscos e rabiscos, e mais tarde a figura humana como o Simão desenhou, estão lá, dentro deles. Todos passam pelas diferentes etapas e nós não precisamos de os ensinar, de fazer para eles copiarem, e eles não precisam de observar as outras crianças a desenhar para poderem aprender. Essa capacidade nasce com eles. Basta que vivam o dia a dia de olhos abertos e curiosidade aguçada, que um dia, do nada, vão passar para o papel tudo aquilo que andaram a observar. E quando o fizerem, já amadureceram, já têm motricidade para isso, sai naturalmente.
E seria tão bom que a escola respeitasse isso, que os deixasse lá chegar, livremente, sem regras, sem tempos, sem imposições.


quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Cores

Depois de 4 meses de férias do blogue apeteceu-me voltar. A ideia não era deixar de escrever completamente, mas o tempo foi passando e a vontade era pouca. Agora, com o regresso à escola e com novas ideias na cabeça, já faz sentido aqui voltar.
O meu último post foi sobre os exames, aqueles exames que as crianças em ED têm que fazer obrigatóriamente. A todas as disciplinas. Correram bem, se é que isso realmente importa e a  Madalena está agora no 7º ano e por sua decisão foi para a escola. Foi voar com as suas próprias asas, aquelas que andámos anos a fortalecer, foi ter novas experiências, sempre com a possibilidade de voltar se assim quiser.
Os rapazes continuam em casa e é sobre as suas experiências e feitos que aqui irei falar. Continuam a ser guerreiros, cavaleiros, índios, astronautas, animais selvagens e às vezes também são um bocadinho alunos. O Simão continua a fazer o que quer o dia inteiro, ou seja, brincar! O Lourenço faz uns intervalos para trabalhar, mas este ano estamos a experimentar uma nova abordagem. Não comprámos manuais e estamos a basear-nos apenas nas metas curriculares. Está a ser muito mais divertido! Até a escrita, que é o grande desafio do Lourenço, está a sair com mais arte! 
Começámos o nosso ano letivo com muita calma e de pincéis na mão, como eles gostam. Acho que este ano vamos ter os pincéis nas mãos muitas vezes... 
Estudámos as cores primárias e as secundárias, misturámos cores para ver o que davam:


Fizemos desenhos com cores quentes e desenhos com cores frias:




Recortámos os desenhos em forma de triângulo (podia ter sido qualquer outra forma, mas aproveitámos para perceber que existem tantos tipos de triângulos...) e voltámos a colá-los numa cartolina preta, como se fossem peças de um puzzle.



 Foi divertido! Aprendemos imenso e fizemos coisas que gostamos.
Até breve!

terça-feira, 20 de maio de 2014

Os Exames


Alguém escreveu no Público de dia 18 de maio de 2014: "Exames transformaram escolas em centros de treino." Está lá para quem queira ler.
E eu vou escrever mais uma vez, e outra, e outra, e as que forem precisas até se fartarem de me ler.
Chamaram-lhes "centros de treino", pois eu diria "campos de treino" que quase que soa a "campos de trabalho", a escravidão, porque é isso que me faz lembrar. E onde é que queremos chegar? É mesmo isto que queremos para esta geração? Uma geração que só sabe responder a perguntas para as quais "treinou" afincadamente? Onde é que fica o espaço para o verdadeiro conhecimento, para a discussão de ideias, para as opiniões, para o debate, para a diferença? Sim, para a diferença, aquela diferença, perigosa para alguns, que põe em causa muita coisa. Se não tivesse sido essa diferença há uns séculos atrás, ainda hoje achávamos que a terra era o centro do universo. Houve quem tivesse sido apedrejado até à morte por ter tido ideias tão bizarras. Não será o mesmo, o que estamos a fazer aos nossos filhos? Estamos a matar o espírito crítico das crianças, estamos a dizer-lhes que está tudo inventado e que eles não servem rigorosamente para nada senão obedecer e aceitar o instituído. E isto é assustador, tão assustador que até custa a acreditar!
Infelizmente nós, pais, temos que pactuar com esta treta se não quisermos que os nossos filhos "fiquem retidos" ano após ano nestes tais "centros de treino" que mais parecem campos de trabalho. 
A escola deixou de ser um local onde se aprende para ser um local onde se treinam respostas que são avaliadas através de critérios que não deixam margem de manobra, em que só existe certo e errado.
Será mesmo isto o que queremos para os nossos filhos?
Eu, definitivamente, não! 


sábado, 10 de maio de 2014

A Nossa Horta em Maio

Maio é o mês da horta,  definitivamente! Pelo menos por aqui, é quando tudo finalmente começa a germinar e a crescer, quando é preciso dar mais atenção ao espaço e se começa a ver qualquer coisa a cair no prato.
Passou muito tempo até eu tomar a decisão de passar a horta para os canteiros à volta da casa. Custava-me pensar nisto com tanto terreno ali ao lado para cultivar, mas às vezes precisamos de sonhar mais pequeno para conseguir estar à altura do projeto.
Não tinha tempo para tomar conta de uma horta tão grande e tão selvagem, onde tudo crescia francamente pouco e ao minimo descuido as lagartas levavam a melhor. E agora até as toupeiras vieram fazer-nos uma visita.
Há mais ou menos um mês, resolvi voltar à horta de varanda, só que no quintal. Ocupei todos os canteiros com horta e já se começa a ver qualquer coisa...


Salsa, batatas e rúcula.

Espinafres e batatas ainda por nascer

Sementeiras de cáigua, alface, espinafre vermelho, tomate, espinafre da nova zelândia e mizuna vermelha. Nos vasos estão abóboras e os sobreiros do Zé Maria.
Tomateiros, morangos, coentros e segurelha

Um pequeno compostor que construi com caixas de fruta, para colocar as ervas e folhas do quintal. O verdadeiro compostor continua na antiga horta a produzir a grande velocidade.



terça-feira, 6 de maio de 2014

MONO

Há uns dias descobri por acaso, como sempre, esta banda de rock instrumental. Achei a música belíssima e tenho andado a ouvi-la em modo non stop sem sequer sonhar que eram japoneses. Tinha que ser. Eu e o Japão, temos qualquer coisa. Talvez noutra vida...
Podem encontrar muita coisa sobre eles aqui.
Eu deixo-vos com este concerto ao vivo. Muito bom!!

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Ginjas, o gato que vive com o vento

Hoje enterrámos o nosso recém adotado Ginjas. Mais um. Infelizmente já não é o primeiro. Ultimamente parece que todos os animais que aqui aparecem vêm apenas para morrer. Ficam cá pouco tempo, mas as marcas que nos deixam são enormes. Nem eu sabia o quanto gostava dele.
Um dia entrou pela porta da cozinha, miou, serviu-se de almoço e ficou. Nunca mais se foi embora. Até ontem. Era um gato divertido, brincalhão e tão, mas tão meigo que até custava a acreditar. Era também livre como o vento, só ficava enquanto queria, mas voltava sempre. Talvez por isso eu gostasse tanto dele. Mas ontem não voltou. Tentou voltar, creio, mas um carro apanhou-o a chegar ao portão.
Hoje enterrá-mo-lo, levou com ele a sua almofada preferida, e como não podia deixar de ser, um ramo de flores selvagens.
A ti Ginjas, dedico-te esta música, que sejas livre como o vento e que vivas em nós para sempre.



sábado, 26 de abril de 2014

FlowerPower


Há ideias que nascem nas nossas cabeças e que são postas em prática no momento seguinte. Há outras que levam o seu tempo para amadurecer, crescer, consolidar, e só muito tempo depois estão prontas para sair da casca que as rodeia, nós. Há sempre medos, dúvidas, incertezas e quase desistência, mas há momentos em que as ideias chegam àquele ponto em que têm que ter vida própria, força e coragem e que dê por onde der têm que se mostrar ao mundo.
Foi dessa vontade que nasceu esta ideia, minha e dos três mais pequenos cá de casa, de ganharmos algum dinheiro com aquilo que realmente nos apaixona e que gostamos de fazer. E assim nasceu a FlowerPower, da nossa criatividade, das nossas mãos.
Das mãos de todos nós nascem pulseiras e colares, mandalas olho de deus, desenhos, biscoitos, caça-sonhos, plasticina caseira e tudo o que nos apetecer no momento e que achemos que vale a pena oferecer ao mundo. 
Podem encontrar-nos no facebook na página da FlowerPower, ou através deste bolgue podem aceder diretamente à nossa loja online.
Espero que gostem do que temos para vós.
FlowerPower!

pulseiras

mandalas olho de deus



sexta-feira, 28 de março de 2014

Este Momento #39



{este momento} - Um ritual de Sexta-feira. Uma simples foto, sem palavras, capturando um momento da semana. Um momento simples, especial e extraordinário. Um momento que eu quero parar, saborear e recordar.

{this moment} - A Friday ritual. A single photo - no words - capturing a moment from the week. A simple, special, extraordinary moment. A moment I want to pause, savor and remember.


A primeira vez que vi esta ideia foi no blogue A Horta Encantada e achei fantástica. Tenho fotos aqui guardadas que não sabia o que lhes fazer, mas gosto delas por serem momentos especiais cá de casa. Quem as vir, não vai sempre entendê-las, mas para mim são especiais.

A ideia original saiu do blogue soule mama.

The first time I saw this idea was in A Horta Encantada and felt it would be wonderful if I would do the same. I've got some photos, special photos, that I would like to use but don't know where or how. I think sometimes you won't understand some of them, but for me they are special.
Original idea from the blog soule mama
.

terça-feira, 25 de março de 2014

Hambúrgueres de Feijão Preto



Este mês, a revista da bimby traz umas receitas fantásticas na parte das "verdes e alternativas". Com umas pequenas alterações a nosso gosto, tenho feito umas coisas mesmo boas, e fáceis, claro! O lema cá de casa é esse mesmo. Rápido, fácil e saudável!! Aqui fica.


A dupla de arroz com feijão completa-se mutuamente em relação aos nutrientes. As vitaminas que faltam no arroz, sobram no feijão e vive-versa. Ao comermos arroz e feijão num mesmo prato estamos a ingerir a mesma quantidade de proteínas que se comêssemos um bife. Esta dupla fornece hidratos de carbono, proteínas, sais minerais, vitaminas e fibras.
Acompanhem estes hambúrgueres com um arroz e uma salada e terão uma refeição saborosa e equilibrada.
Ingredientes:
50g de flocos de aveia
casca de 1/2 lima
1 dente de alho
30g azeite
450g feijão preto cozido e escorrido
2 colheres de sopa de sementes de girassol
1 ovo
orégãos
sal

Preparação na bimby:
Pré-aquecer o forno a 180º. Forrar o tabuleiro do forno com papel vegetal e reservar.
Colocar no copo os flocos de aveia e a casca da lima e ralar 2SEG/VEL9. Retirar e reservar.
Colocar no copo o alho e o azeite e picar 2SEG/VEL8 e refogar 3MIN/VAROMA/VEL1.
Adicionar o feijão preto, as sementes, o ovo, os orégãos, o sal e misturar 4SEG/VEL4.
Deixar repousar cerca de 15 minutos. Com duas colheres de sopa, moldar os hambúrgueres já no tabuleiro até ficarem com a forma desejada. Levar ao forno cerca de 30 minutos ou até ficarem secos por fora.
Servir com arroz e salada.
Bom apetite!
(receita adaptada da revista bimby de Março de 2014, ''hambúrgueres de feijão preto'')

domingo, 23 de março de 2014

The Garden of Words - Makoto Shinkai

Mais uma obra de arte de Makoto Shinkai, vencedora do primeiro prémio no Gold Coast Film Festival na Austrália, acompanhada pela belíssima música de Kashiva Daisuke. 
Descobri há pouco tempo que os filmes de animação japoneses estão na lista dos meus preferidos. E se já gostava de todos os filmes de Miyasaki, tenho que admitir que Makoto Shinkai me deslumbrou. Ando simplesmente apaixonada pelos seus filmes e vejo-os vezes e vezes sem conta em busca de novos pormenores que me tenham escapado. The Garden of Words foi a minha última descoberta.
Mais uma história de encontro e desencontro, de um amor impossível, sempre com a presença dos comboios, das estações do ano, da passagem do tempo e das árvores, como companhia.
Deixo-vos com a banda sonora do filme e o link para o verem em Japonês, com legendas em inglês, como eu gosto. Simplesmente maravilhoso!


sábado, 22 de março de 2014

Medalhões de Quinoa e Grão



A Quinoa, não só é rica em proteínas, como essas mesmas proteínas são, por si só, completas, isto é, contêm todos os nove aminoácidos essenciais. Estes nove aminoácidos são aqueles que o nosso organismo não consegue produzir e que tem que ir buscar aos alimentos. Mas poucos são os alimentos que nos podem fornecer esses nove aminoácidos e a quinoa é um deles.
Para além do equilíbrio dos seus aminoácidos, é particularmente rica em lisina, um aminoácido fundamental para o crescimento e para a boa manutenção dos tecidos.  Esta particularidade torna-a especialmente importante para os que se preocupam com uma ingestão adequada de proteínas mas que não consomem alimentos de origem animal.


Ingredientes para 20 medalhões:
15g coentros
800g água
220g batata para fritar cortada em pequenos pedaços
150g quinoa em grão
25g azeite
2 dentes de alho
200g de grão cozido
sal e cominhos q.b.
1 colher de chá de caril suave

Preparação na bimby:
Colocar no copo os coentros e picar 2SEG/VEL7. Reservar.
Colocar no copo a água e o cesto com a batata e a quinoa e cozer 15MIN/100º/VEL3. Retirar o cesto com a ajuda da espátula e deixar escorrer. Reservar.
No copo limpo colocar o azeite e o alho e picar 2SEG/VEL8. Adicionar o grão e refogar 5MIN/VAROMA/VEL COLHER INVERSA.
Adicionar a batata, a quinoa, o sal, os cominhos, o caril e misturar 10SEG/VEL3. Moldar pequenos medalhões com duas colheres de sopa e fritar numa frigideira antiaderente previamente untada com azeite. Servir com uma salada.
(receita adaptada da revista Bimby de Março de 2014, "Medalhões de Quinoa")

sábado, 1 de março de 2014

5 Centimeters per Second - Makoto Shinkai



Adoro filmes de animação japoneses. Já vi todos os que consegui encontrar de Hayao Miyasaki e continuo sempre à procura de mais. Numa das minhas buscas na internet descobri este filme, 5 Centimeters per SecondNunca tinha ouvido falar do realizador e comecei a vê-lo apenas por curiosidade, mas já não consegui parar. É uma história de desencontro, de um amor impossível, triste, mas está muito bem feito e para mim foi um dos melhores filmes de animação que vi até hoje.
O filme é de Makoto Shinkai que com ele ganhou o Asia Pacific Screen Award para melhor filme de animação. A banda sonora é de Tenmon. Simplesmente maravilhoso!
Agora resta-me arranjar um tempo para ver os restantes filmes de Shinkai que já tenho em lista de espera.
Enjoy!

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

A de Açúcar e Também de Amor

Esta semana na revista do jornal Expresso saiu uma reportagem sobre os perigos do consumo de açúcar. Não era nada que não soubesse-mos já cá em casa. Para nós é uma tomada de consciência constante e diária, tentando fugir das prateleiras de supermercado que nos oferecem, e aos nossos filhos, pacotes de veneno embalado com cores atraentes e sabores tentadores. 
Tento fazer em casa bolos e bolachas sem açúcar usando alternativas saudáveis. Alguns funcionam na perfeição, mas outros nem por isso, e para o paladar das crianças nada bate o sabor do açúcar. Acabei a não comprar qualquer tipo de bolachas doces e os miúdos a comerem bolachas de milho e de arroz.
Mas de facto não acredito em fundamentalismos de nenhum tipo, pois não acredito que funcionem a longo prazo. O mais proibido é o mais apetecido e é preciso encontrar um meio termo, pois simplesmente sei que nenhum tipo de proibição neste campo leva à felicidade ou a relações saudáveis. Se puser na balança o que é mais importante para mim, se a alimentação saudável, se a relação que tenho com os meus filhos, então não tenho dúvidas, voto na nossa relação! Sempre!
Há uns tempos alguém me perguntou com um ar indignado se os meu filho de três anos escolhia o que queria comer. Eu respondi que sim! Claro que sim! Se eu lhe puser o prato da sopa à frente e ele disser que não o quer, que vou fazer? Enfiar-lhe um funil pela boca abaixo e entornar a sopa lá para dentro? De facto, fico com a certeza que ele comeu os legumes todos se o fizer, mas será que construí algo de positivo na nossa relação? Acredito que não. Aliás, acredito que cada vez que o obrigo a comer a sopa estou a destruir algo muito mais valioso do que uma mão cheia de nutrientes. Normalmente, quando me diz que não quer sopa, pergunto o que ele quer. Muitas vezes diz que quer papas de aveia. Venham elas! Ficamos todos felizes e comemos uma refeição em paz, sem birras, e quando ele quiser a sopa vai dizer. E perguntam vocês o que faria se ele quisesse comer bolachas. Já aconteceu. Dei-lhe bolachas. Mais tarde comeu a sopa. Já não entro neste tipo de guerra. Já entrei, mas não resultou e não trouxe nada de bom para a nossa convivência diária.
O Lourenço, por exemplo, detesta batidos verdes, não pode nem vê-los. Durante um tempo bebeu, contrariado, infeliz mesmo! O pequeno almoço era uma tortura. E para quê? Por uma mão cheia de fruta e espinafres? Não! Um dia achei que bastava! Acabaram-se os batidos verdes para o Lourenço. Agora, vejo-o passar na cozinha e levar uma peça de fruta para o quintal. Isso deixa-me com o coração cheio. Afinal ele come fruta e pode não encher a barriga de enzimas e vitaminas logo pela manhã, mas enche o coração de amor e alegria. E um dia talvez aprenda a gostar de batidos verdes. Talvez!
Um dos truques que aprendi é que só devemos ter em casa coisas que eles possam comer em qualquer altura. Se achamos que não devem comer, então não compramos, não temos em casa. Simples. Normalmente os meus filhos não têm horas estipuladas para comer. Claro que fazemos refeições em conjunto, mas se chegarem à mesa sem fome porque comeram duas bananas antes do almoço ou mesmo umas quantas bolachas, paciência. Comem um prato de sopa e vão à vida deles comendo melhor na refeição seguinte. Para nós tem funcionado bem desta forma, evitando muitas discussões à hora das refeições.  Acredito que funcionando desta forma estou a respeitá-los e também à nossa relação.
Por estas razões e porque ao mesmo tempo me preocupa o que eles comem, comecei a fazer bolachas e bolos em casa, com açúcar. Eles ficam felizes e eu fico descansada porque sei que o que estão a comer é de boa qualidade. Acredito que crescerão saudáveis se lhes dermos um bocadinho de açúcar de vez em quando misturado com muito amor.


Biscoitos de chocolate com açúcar mascavado:
(receita feita na bimby)
100g chocolate negro com 70% cacau
250g farinha de espelta
70g açúcar mascavado escuro
100g manteiga (podem usar 80g de óleo de coco)
1 ovo
1 colher de chá de fermento em pó

Pré-aquecer o forno a 180ºC.
Pulverizar o chocolate até ficar em pó 10SEG/VEL9.
Adicionar os restantes ingredientes e misturar 25SEG/VEL6.
Estender a massa numa superficie polvilhada com farinha e com a ajuda do copo de medida, cortar as bolachas.
Levar ao forno  cerca de 20 minutos.
Bom apetite!!
(receita de bolachas de chocolate adaptada do livro base da bimby)

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

A Deusa que Esculpiu o Homem

"Houve um momento já perdido na memória do tempo em que a terra se separou do Céu. Embora já houvesse rios, mares e lagos, montanhas, vulcões, pássaros, peixes e árvores de fruto, não existia ainda um único ser humano à superfície da Terra.

Foi então que uma Deusa deixou a sua morada celeste e quis saber como se vivia nesse planeta azul que, à distância, parecia tão calmo e tão apetecível para viver.
A Deusa gostou do que viu e ouviu, do que provou e cheirou, mas, ao fim de alguns dias, sentiu-se profundamente só, pois não encontrava ninguém que, assemelhando-se a ela, pudesse ser parceiro numa conversa ou num jogo. Foi então que se sentou na margem de um rio e, querendo ocupar o tempo, começou a moldar uma figura com a terra barrenta que abundava junto dos seus pés. Como não tinha um modelo para copiar, foi-se guiando pela sua própria imagem reflectida na superfície da margem das águas.

Quando a pequena escultura ficou concluída, deu conta de que lhe faltava vida. O boneco que acabara de moldar não falava, não ria, não respirava, não tinha vida em suma. Foi então que lhe passou a mão pelo rosto, ao mesmo tempo que lhe cobria o corpo de barro com o seu sopro divino. Nesse mesmo instante, a pequena escultura começou a ensaiar minúsculos passos em seu redor, tentando, ao mesmo tempo, pronunciar algumas palavras quase indecifráveis. Esse foi, tanto para a Deusa como para a figurinha acabada de esculpir, um verdadeiro momento de magia, daqueles que nem a mais fértil imaginação consegue  antecipar." (...)

José Jorge Letria, Lendas da Terra, Terramar